terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Dia Mundial Contra o Câncer

4 de Fevereiro – Dia Mundial Contra o Câncer por Francisco Neves*

O câncer é uma das doenças mais pesquisadas pela comunidade médica-científica do mundo. Não é para menos, os números são alarmantes. A doença é a segunda causa de mortes do planeta.Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 7,6 milhões de pessoas morrem vitimadas pelo câncer por ano. Estudos apontam que caso não sejam tomadas medidas de grande impacto,este número ultrapassará a marca de 26 milhões de novos casos e 17 milhões de mortes por ano em 2030, sendo que 2/3 das vítimas ocorrerão nos países em desenvolvimento.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) foram mais de 500 mil novos casos em 2013. De acordo com estudos publicados pela entidade, o câncer infantojuvenil (abaixo de 19 anos) é considerado raro entre todos os tipos, correspondendo entre 2% e 3% dos tumores malignos. Embora considerada estável desde os anos 1990, com 70 e 160 casos por milhão de habitantes nos Estados Unidos e Europa, quando olhamos os números brasileiros pesquisados pelo INCA esse número é muito maior: entre 119 e 249 casos por milhão de habitantes.

Neste dia 4 de fevereiro, quando celebramos o Dia Mundial contra o Câncer, é preciso fazer uma reflexão. Por que será que, apesar de estarmos tão providos de tecnologia, equipamentos e pesquisas em diagnósticos, tanta gente ainda sofre com a doença? Será que estamos no caminho certo? Não é à toa que o tema da campanha deste ano é ‘Desmistificando o Câncer’. Sim, ele ainda nos intriga.

À frente do Instituto Ronald McDonald acompanho diariamente a luta de milhares de crianças, adolescentes e seus familiares e afirmo, com convicção, que a doença já não nos assusta, como anos atrás. Hoje em dia já é possível oferecer alternativas de tratamento com taxas de respostas altíssimas.

Para aumentar as taxas de sobrevida é preciso que o câncer seja diagnosticado precocemente. Hoje em dia, para crianças e adolescentes, o diagnóstico em fase inicial pode chegar a85% de chances de cura, índice para o qual o Instituto Ronald McDonald muito se orgulha em contribuir desde sua fundação.

É preciso ressaltar que os cuidados durante todo o tratamento são essenciais. É fundamental contar com instituições que acolhem crianças e adolescentes em tratamento, oferecendo conforto e carinho – remédios essenciais para a cura. Atualmente o Instituto Ronald McDonald conta com o apoio de uma rede de mais de 80 instituições que tem esta tarefa. E isto não seria possível sem solidariedade. Em 2013, contamos com uma arrecadação significativa de recursos. Por meio dela, conseguimos arrecadar valores substanciais, por meio de doações em cofrinhos, eventos esportivos e, sobretudo, com a campanha McDia Feliz, uma das maiores no mundo. Apesar do sucesso da arrecadação, queremos receber ainda mais, de forma que possamos suprir por completo a demanda para apoio a projetos, que ainda é insuficiente.

Em 2014, teremos muitos motivos para comemorar! Em abril vamos celebrar 15 anos de atuação do Instituto Ronald McDonald no Brasil, 20 anos da primeira Casa Ronald McDonald brasileira, localizada no Rio de Janeiro, e 40 anos da primeira Casa Ronald McDonald na Filadélfia (EUA). Nossa missão continua: erradicar o câncer infantojuvenile humanizar o tratamento com o carinho e a atenção que nossas crianças e adolescentes merecem.
*Francisco Neves, Superintendente do Instituto Ronald McDonald.

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