quinta-feira, 13 de junho de 2019

Alimentos processados podem aumentar riscos de hipertensão


Um estudo nacional, que tem participação do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia sugere que a causa das mortes por doenças cardiovasculares pode estar ligada ao consumo excessivo de alimentos industrializados ultraprocessados – como refrigerantes, biscoitos, molhos e temperos prontos – e à ingestão excessiva de sal. O Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), que há mais de dez anos acompanha a saúde de 15 mil servidores espalhados em seis capitais brasileiras, pode ajudar a entender os principais fatores de riscos para a chamada “pressão alta” na população. Na Bahia, o estudo desenvolvido pelo ISC investiga os hábitos de vida de cerca de 2 mil servidores da universidade. Entre os participantes do ELSA-Brasil, 35,8% foram diagnosticados com hipertensão arterial. A pesquisa aponta que o maior consumo de alimentos ultraprocessados, assim como a ingestão de sal, que pode atingir o dobro do valor ideal, contribui para o aumento do excesso de peso e gordura abdominal, condição conhecida para a ocorrência da hipertensão.

Os pesquisadores compararam a dieta de três grupos de pessoas nascidas em diferentes décadas, com idade entre 35 e 74 anos. Para o grupo mais jovem, chamado de geração X (35 a 45 anos), os produtos ultraprocessados, aqueles produzidos com a adição de ingredientes como o sal, açúcar, óleos e gorduras, representaram, em média, 45,9% dos alimentos consumidos. Ao mesmo tempo, os mais saudáveis, como frutas e verduras, significaram 26,9% do total da dieta. Tais hábitos alimentares indicam que eles podem envelhecer com uma carga maior de doenças crônicas.

O consumo dos ultraprocessados também contribui para a quantidade elevada de sal ingerida. Na população estudada, apenas 16% consome o máximo de 5g de sal diariamente, o limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O consumo médio foi mais que o dobro: 11g por dia. Chama ainda mais atenção a quantidade de sal ingerida pelos hipertensos. Entre eles, a média chegou a 12g.

Os dados resultam de diversas entrevistas presenciais e exames com os participantes, que recebem individualmente os resultados dos testes e medidas realizadas. Segundo a professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e coordenadora do ELSA-Brasil em Salvador, Sheila Alvim, a realização do estudo em grandes metrópoles do país tem importância estratégica, já que representa o local de moradia de parcelas crescentes da população brasileira (domicílios urbanos).

“A aplicabilidade dos resultados obtidos em relação à população adulta brasileira é apoiada pelas semelhanças nas prevalências de alguns fatores de risco comportamentais e condições crônicas avaliados no ELSA-Brasil e no Vigitel (inquérito telefônico anual com dados representativos da população brasileira das 27 capitais do país e Distrito Federal). Além disso, os resultados dos nossos estudos indicam que o padrão alimentar dos participantes do ELSA-Brasil não é diferente do restante da população brasileira”, destaca a professora.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

São João: como aproveitar as comidas do período e não exagerar!


As festas juninas são bastante esperadas na região nordeste e, além de tornar tudo mais colorido - desde a decoração e os fogos - traz, em especial, as comidas! Então, como controlar o peso e manter a saúde em dia diante de tantas delícias? Os especialistas alertam que não precisa se desesperar. A depender das escolhas, as opções poderão ser saborosas e saudáveis, sem comprometer o peso. Claro que tudo depende também de moderação e boas escolhas. O milho é fonte de energia, fibras e é o mais tradicional alimento da maioria dos pratos juninos, seguido pela mandioca. “É preciso ter cuidado com o seu consumo em excesso, em especial quando associado com gordura, a exemplo da manteiga, utilizada no milho cozido ou na pipoca”, explica Gabriel Medrado, nutricionista da Rede Alpha Fitness. O amendoim é outro ingrediente típico, rico em potássio, magnésio, zinco, proteína e gordura monoinsaturada (benéfica ao organismo). “Algumas iguarias feitas com o amendoim podem conter grande quantidade de açúcar, como o pé de moleque (490 Kcal em 100g) e a paçoca (150 Kcal em 30g). Sendo assim, deve ser consumido com moderação”, acrescenta. A tapioca é outro alimento muito preferido e pode ser ingerida doce ou salgada. Por ser produzida a partir da mandioca, é rica em carboidratos e alto teor energético. Dessa forma, cuidado com a quantidade a ser consumida. “O melhor é sempre optar por recheios com proteínas ou gorduras boas, como queijos brancos e/ou coco seco ralado”, alerta Gabriel. Nas festas juninas, além das comidas, os licores também são muito populares e podem se tornar grandes vilões. Além do teor alcoólico, são adicionadas as calorias do açúcar, que pode deixar a bebida com quase 150 Kcal em uma dose de apenas 50 ml.A moderação é mesmo a melhor saída... “Dá pra curtir as festas dançando muito forró, gastando a energia e saboreando bem as iguarias juninas. A melhor recomendação é não esquecer os hábitos de uma vida saudável como a hidratação, mastigar bem os alimentos e optar sempre por alimentos mais naturais. Se alimentar antes de sair de casa para que a tentação de comer compulsivamente diminua, é outra boa pedida”, aconselha o nutricionista da Rede Alpha Fitness.

sábado, 1 de junho de 2019

Tabagismo provoca mais de 50 doenças e mata mais de 156 mil brasileiros por ano


Cerca de 20 milhões de brasileiros têm o hábito de fumar. Salvador, no entanto, é a capital com menor índice de consumo de cigarro, representando pouco mais de 5% da população. Os índices, apesar de terem reduzido nos últimos anos, ainda chamam atenção, uma vez que este vício é capaz de desencadear mais de 50 doenças no organismo. “São patologias tabaco-relacionadas, como as cardiovasculares (hipertensão, morte súbita, arritmias cardíacas), cerebrovasculares (principal causa de acidente vascular cerebral), doença pulmonar obstrutiva crônica e piora do controle da asma”, detalha a pneumologista do Hospital São Rafael (HSR) Dra. Camila Loureiro, que também afirma que aproximadamente 156 mil brasileiros morrem, por ano, por conta do tabagismo.



A médica explica que a combustão do cigarro libera mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo a nicotina - responsável pela dependência, nitrosaminas, oxidantes e aldeídos. “A fumaça, ao ser inalada, distribui-se rapidamente pelo sistema circulatório, podendo causar inflamação e lesão celular nas diferentes partes do organismo. Apesar da queda da prevalência, mais de 400 pessoas ainda morrem por dia no Brasil, por conta deste vício”, conta a especialista. Vale um alerta ainda para o tabagismo passivo, considerado a terceira causa de morte evitável no mundo. “O fumante passivo também está sob risco de doença arterial coronariana, acidente vascular encefálico, doença pulmonar obstrutiva crônica e neoplasias”, reforça.



O tabagismo tem aumentado entre as mulheres, embora a prevalência ainda seja maior entre homens (mais de 11 milhões). A pneumologista do HSR faz um alerta para a idade de consumo, que está cada vez mais precoce. Cerca de 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos. “Além do fato de a adolescência ser um período de grandes transformações orgânicas e formação da personalidade, o tabagismo entre familiares, a aceitação social, o fácil acesso e a venda ilegal de cigarros para menores e outros produtos derivados do tabaco, como o narguilé, podem contribuir de maneira significativa para a iniciação precoce do tabagismo”, ressalta Dra. Camila Loureiro.



Cigarro eletrônico

É um dispositivo que produz vapor inalável, simulando o ato de fumar. Além da nicotina, já foram identificadas inúmeras substâncias nocivas no vapor, incluindo citotóxicos, carcinogênicos e irritantes. Segundo a especialista, indo de encontro com a opinião de muitos adeptos, “não há evidências científicas na literatura médica que o recomendem seguramente como estratégia para cessação do tabagismo”. Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a comercialização, importação e propaganda do cigarro eletrônico no Brasil.

Pare de fumar

Apesar da prevalência ainda alarmante, para quem deseja parar de fumar, independente da presença ou não das doenças tabaco-relacionadas, os benefícios são animadores. Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue; em oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza; e de 12 a 24 horas, os pulmões já começam a funcionar melhor. Em cerca de 48 horas, o olfato e o paladar ficam mais apurados e, após três semanas, o indivíduo já percebe melhoras também na respiração e na circulação. “Após um ano sem fumar, o risco de morte por infarto do miocárdio reduz pela metade e após 10 anos, o risco de sofrer infarto é igual ao das pessoas que nunca fumaram”, conta a pneumologista Dra. Camila Loureiro.

Dicas

1. Tenha determinação.

2. Diminua gradativamente o consumo de cigarros ou pare de forma abrupta: o importante é utilizar um método que funcione com você.

3. Corte os gatilhos do fumo, como o café e a bebida alcoólica.

4. Pratique atividades físicas.

5. Beba muita água.

6. Quebre a rotina e mude os hábitos antigos.

7. Evite lugares com grande número de fumantes.

8. Comunique à família e amigos sobre sua decisão e busque apoio nessas pessoas.

9. Respire e inspire profundamente, quando sentir vontade de fumar.

10. Por último, mas não menos importante, faça acompanhamento com um pneumologista.

(Publicado em salvadoracontece.ga )

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Diabetes atinge mais de 14 milhões de brasileiros

Diabetes atinge mais de 14 milhões de brasileiros e acomete o público feminino com maior incidência



Mais de 14 milhões de brasileiros têm diabetes. O dado classifica o País como a quarta nação com maior número de pessoas diagnosticadas com a doença, segundo a International Diabetes Federation. Mas, vale destacar que, apenas um em cada quatro brasileiros reconhece a gravidade do problema, que pode matar mais de 70 mil pessoas no Brasil, anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).




No Dia Mundial Contra o Diabetes, comemorado no dia 14 de novembro, o clínico geral da Vitalmed, Guilherme Lazzari, explica que, dentre os fatores de risco, estão predisposição genética, sedentarismo, excesso de peso, alta ingestão de açúcar, além da falta de exercícios físicos. “Essas são as causas comuns do Diabetes tipo 2, que representa 90% dos casos da doença”, acrescenta.




Ainda de acordo com o médico, “no caso de Diabetes Mellitus do tipo 1, que representa 5 a 10% dos casos, a origem é autoimune, ou seja, o próprio organismo produz anticorpos que destroem as células do pâncreas, responsáveis pela secreção do hormônio insulina. Sem ele as moléculas de glicose não conseguem penetrar nas células, ficando, assim, acumulado no sangue e provocando o aumento da glicemia”, detalha.




Dentre os sintomas da doença que atinge mais mulheres do que homens, destacam-se: urina em excesso, sede intensa, aumento de apetite associado à perda de peso, indisposição, fraqueza muscular, alterações visuais etc. A dica de Guilherme Lazzari é “combater o sobrepeso e a obesidade com alimentação saudável, realizar atividades físicas e fazer visitar periódicas ao médico e nutricionista”.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Parada Cardiorrespiratória - Primeiros Socorros

Você sabia que ter o mínimo de noção em primeiros socorros pode salvar a vida de uma pessoa diante de uma emergência? Isso mesmo! Segundo o coordenador-médico e clínico geral da Vitalmed, Guilherme Lazzari, a primeira assistência básica pode aumentar as chances de sobrevivência de um paciente em até 50%, principalmente em casos de parada cardiorrespiratória (PCR).


No mês em que é comemorado o Dia Mundial do Coração (29.09), o especialista explica que situações de emergência podem ocorrer de forma inesperada e, antes de tomar qualquer atitude, é preciso manter a calma e saber o que fazer para evitar o agravamento do quadro. "O indivíduo que não responde aos estímulos, não respira ou tem uma respiração anormal, pode estar em PCR. Neste caso, a primeira recomendação é ligar para um serviço de urgência e emergência, pedir o afastamento das pessoas que estão próximas e iniciar, de imediato, as compressões no tórax", revela Lazzari.


De acordo com o médico, a parada cardiorrespiratória consiste na interrupção repentina da circulação do sangue no organismo e, consequentemente, dos batimentos cardíacos e da respiração, ocorrendo ainda dilatação das pupilas e ausência de pulso. Esse quadro pode ser desencadeado por diversos motivos, como acidentes, afogamento, intoxicação e doenças neurológicas ou cardíacas. Pesquisas revelam que, no Brasil, as paradas cardiorrespiratórias são responsáveis por mais de 100 mil mortes súbitas.


Como agir

- Chame imediatamente o serviço médico de emergência.


- Sinalize o ambiente do acidente.


- Afaste pessoas, deixando a vítima respirar.


- Verifique o pulso da vítima.


- Inicie os procedimentos de reanimação: coloque as mãos entrelaçadas no centro do tórax e comprima-o, sem dobrar os braços, repetindo o procedimento 100 vezes por minuto até o socorro chegar. A cada 30 vezes, verifique se há pulso e continue.


- Se a reanimação não for feita imediatamente, a pessoa tem chances muito reduzidas de se salvar.


Primeiros socorros


Com 25 anos atuando no mercado de atendimento pré-hospitalar, em casos de emergências e urgências médicas, a Vitalmed opera em Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Ilhéus e em São Luís do Maranhão, contando com uma ampla equipe de profissionais, tendo realizado mais de dois milhões de atendimentos ao longo dos anos. Durante a ligação de um associado, uma equipe treinada já consegue, através de algumas perguntas, identificar a ocorrência e dar as primeiras orientações médicas. Em casos de alta complexidade, uma ambulância é deslocada até o paciente.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Verão exige cuidados especiais com a saúde na terceira idade

Especialista dá dicas para idosos se manterem bem hidratados e evitarem a hipertermia neste período


Em Salvador existem cerca de 250 mil idosos, que correspondem a quase 10% da população soteropolitana, segundo o IBGE. Em relação à saúde, esse público requer cuidados especiais com a chegada do verão. Nesta fase da vida eleva-se o risco de desidratação e urgências por conta de complicações de doenças respiratórias, constipação intestinal, infecção urinária, quedas e desorientação mental súbita. A geriatra do Plano Boa Saúde, Daniela Menezes, fala sobre a importância da ingestão adequada de líquido e dá dicas de como manter o corpo hidratado:

"A água é o nutriente mais importante para a vida, em todas as faixas etárias. A hidratação estimula a atividade dos rins, elimina as toxinas do organismo e evita doenças. Já na terceira idade, há uma tendência maior para a desidratação, já que, com o passar dos anos, se torna mais difícil manter o equilíbrio hidroeletrolítico e temos uma redução da capacidade de sentir sede, uma vez que o estímulo cerebral que provoca essa sensação fica menos ativo", explica a especialista.

A médica ressalta ainda a importância de beber água regularmente e informa que um bom parâmetro para avaliar a hidratação é observar a cor da urina, que deve estar sempre amarela clara.  "Se a urina estiver amarela escura é sinal que o corpo precisa de água. O ideal é a ingestão de aproximadamente dois litros, diariamente".

Outros cuidados:

A exposição ao sol é importante para a reposição de vitamina D, mas Daniela Menezes alerta que este procedimento deve ser feito com cautela. "Além do risco de câncer de pele, os idosos são mais propensos a desenvolver hipertermia – quando a temperatura corporal fica acima de 40,5°C. Por isso, deve-se tomar sol todos os dias, de 20 a 30 minutos no início da manhã, lembrando-se de beber água após a exposição. No caso de hipertermia, é necessária a hidratação venosa e a colocação de compressas frias nas axilas e virilhas", esclarece Daniela Menezes.

No verão, recomenda-se usar roupas leves e de cor clara, utilizar filtro solar, chapéu ou boné ao sair no sol, proteger os olhos com óculos escuros, além de evitar esforço físico nos horários mais quentes do dia. É indispensável visitar regularmente um especialista para controlar a saúde e manter a qualidade de vida.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Verão demanda cuidados extras com o coração

            As mudanças de hábitos alimentares e o aumento da intensidade das atividades físicas que geralmente ocorrem no verão podem causar alterações cardíacas diversas. Diante dos excessos e alterações na rotina, é fundamental prestar mais atenção à saúde do coração durante esta época do ano. No verão, alguns comem mais enquanto outros adotam dietas alimentares altamente restritivas para exibir um corpo esbelto na praia. Isso sem falar nos sedentários que não se preocupam em procurar orientação médica e de um educador físico e começam, por conta própria, a prática de exercícios.
De acordo com o Cardiologista da Clínica ADS, Cláudio Bacelar, pessoas com maior risco cardiovascular, como idosos, hipertensos, obesos, tabagistas e diabéticos, se arriscam ao alterar sua rotina por conta própria. “É muito importante consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade física e um nutricionista para orientar sobre emagrecimento saudável. Em cidades litorâneas, como a nossa capital, os frutos do mar são muito apreciados, mas é importante lembrar que muitos colaboram para a elevação do colesterol, principal fator desencadeante da aterosclerose”, explica.
            O médico diz, ainda, que as pessoas que tomam medicamentos para hipertensão arterial devem ficar atentas às temperaturas elevadas. “No verão, o calor extremo e a umidade aumentam a perda de água e sais minerais através da transpiração e da respiração”, destaca. A solução é aumentar a ingestão de líquidos, principalmente em pacientes de maior faixa etária e que fazem uso de diuréticos.
Como a tendência natural do corpo é reduzir a pressão no calor, o uso de vasodilatadores pode acentuar essa queda, causando hipotensão. Uma reavaliação médica antes de sair de férias é importante: pode haver necessidade de uma alteração na dosagem dos medicamentos. Medir a pressão arterial com maior frequência também pode evitar surpresas desagradáveis.
Dicas – Para garantir a saúde do coração na estação mais quente do ano, seguir algumas dicas pode fazer toda a diferença. A primeira delas é evitar os raios solares mais fortes. É melhor escolher o período da manhã ou o fim da tarde para as sessões de exercício físico ao ar livre. Para um dia inteiro fora de casa, é importante limitar o tempo de exposição ao sol e aproveitar as sombras disponíveis. Passar filtro solar de boa qualidade diariamente também é recomendável, assim como o uso de roupas largas, com cores claras, que desviam os raios solares.
Segundo a Nutricionista da Clínica ADS, Carla Reis, tanto cardiopatas quanto pessoas que não sofrem de problemas no coração devem beber muita água, no mínimo 2 litros por dia. Além disso, é fundamental reduzir o consumo excessivo de sal e gorduras neste período. “Ao contrário do inverno, no verão nosso corpo precisa de menor quantidade de energia. Usar alimentos muito calóricos pode sobrecarregar o organismo e dificultar inclusive o seu funcionamento”, destaca.
Neste sentido, o melhor é priorizar o consumo de verduras, legumes e frutas, alimentos ricos em vitaminas e minerais. Cereais integrais e carnes magras devem completar nossa alimentação. “Alimentos fontes de ômega 3, como salmão, sardinha e linhaça melhoram a inflamação e consequentemente as manchas da pele por exposição solar”, explica Carla Reis.  “Água de coco e sucos naturais com pouco ou nenhum açúcar também são bem vindos na estação verão”, conclui a nutricionista.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Colesterol não é o problema

Médico alerta para a importância de prevenir a inflamação crônica silenciosa através de hábitos saudáveis como a alimentação natural e a prática regular de atividade física

O Dia Nacional de Combate ao Colesterol é celebrado nesta terça-feira, dia 08 de agosto e tem como objetivo alertar a população para o combate e controle das taxas de gordura no sangue. O colesterol é um grupo de gorduras necessárias para o organismo exercer algumas funções, como a produção de determinados hormônios, ou seja, precisamos dele, apesar disso, ele é visto como a principal causa do acidente vascular cerebral (derrame) isquêmico e do infarto agudo do miocárdio, grupo de doenças cerebrovasculares que mais matam no Brasil e no mundo. Mas, segundo o médico Caio Meira, não é com as taxas de colesterol que as pessoas devem se preocupar, mas sim com a inflamação crônica silenciosa.
Segundo ele, durante anos vem se sustentando a ideia de que as pessoas devem se preocupar com os níveis sanguíneos de colesterol, visto que em níveis elevados ele seria preditor de doença cardiovascular. Porém, que tem se demonstrado nos últimos anos, através de novos estudos e da análise de estudos antigos é que não existe relação direta entre níveis de colesterol sanguíneo e doença cardiovascular. Ao contrario, já existem estudos na Europa e Estados Unidos que associam maior longevidade com maiores níveis de colesterol sanguíneo, explica Meira.
Entre os benefícios do colesterol o médico cita sua importância para a formação dos hormônios sexuais, da vitamina D e dos neurônios. Mas, se não é o colesterol o bicho papão que muitos pensam ser, com o que as pessoas devem se preocupar? “Com a inflamação crônica silenciosa, essa sim gera danos cardiovasculares importantes”, afirma o médico. Segundo ele, a melhor forma de evitar e/ou diminuir esta inflamação consiste em ter uma alimentação natural, evitando principalmente alimentos ricos em carboidratos refinados, óleos trans e hidrogenados, açúcares, doces, refrigerantes, eliminando toxinas e praticando atividade física regular.
“A prática regular de atividades físicas, feita de maneira correta e bem orientada, é comprovada como peça importante no controle da inflamação e em promover longevidade, além disso, é aconselhável o uso consciente de suplementação, para oferecer ao nosso corpo o suporte necessário no complemento a carências alimentares e a redução do estresse, seja ele físico, mental ou emocional”, afirma.
De acordo com Alex Wendel, coordenador técnico da Hammer Fitness Club, unidade Barra, isso acontece porque a atividade física eleva a produção de enzimas como a lipoproteína lípase, também conhecida como LPL. Localizada nas paredes dos vasos sanguíneos, nos depósitos de gordura, no coração e nos músculos, estas enzimas contribuem para o aumento da circulação e do fluxo de sangue impedindo que as gorduras acumulem nas paredes arteriais.
Ainda de acordo com o coordenador, para obter os benefícios da prática de atividade é importante que ela se repita pelo menos três vezes por semana, sendo o melhor exercício aquele que proporcione prazer ao praticante.  “É isso que vai garantir que ele se mantenha ativo”, diz. Para finalizar, o médico Caio Meira ressalta que: “o cuidado da saúde de uma forma geral é mais importante que os números laboratoriais”.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Fumar aumenta o risco de doenças nos olhos

A fumaça do tabaco é considerada a maior poluidora de ambientes fechados no mundo. Há mais de 4 mil substâncias em sua composição; a maioria cancerígena. “Várias alterações na superfície ocular podem ser diagnosticadas em fumantes, como diminuição do tempo em que a lágrima permanece íntegra no olho, mudanças na parte oleosa da lágrima e diminuição da produção basal de lágrima. Além dessas, tem também a diminuição da sensibilidade da córnea e da conjuntiva, diminuição da concentração de fluído lacrimal e desenvolvimento de tecido adiposo na conjuntiva”, conta o oftalmologista Antônio Nogueira, Diretor Técnico do CENOE Hospital de Olhos, de Ilhéus. Nos casos em que o fumante usa lentes de contato, o risco é ainda maior. “A pessoa pode desenvolver uma doença chamada ceratite ulcerativa, um tipo de infecção na córnea”, diz Dr. Antônio, que alerta: “a saúde ocular de fumantes passivos também pode ser drasticamente afetada. O tabagismo deve ser evitado e as pessoas precisam ser conscientizadas a respeito desses males, buscando maior qualidade de vida”.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Alimentação no inverno deve priorizar o sistema imunológico

As baixas temperaturas registradas em Salvador nas últimas semanas devem permanecer em agosto, segundo informam os serviços de meteorologia. Diante da previsão, garantir o fortalecimento do sistema imunológico – relacionado à defesa do organismo contra doenças - é fundamental. Para isso, a alimentação adequada é importante, já que determinados alimentos podem tornar o organismo menos suscetível às chamadas “doenças de inverno”, tais como infecções respiratórias, rinite, bronquite, gripes e resfriados, entre outras.
            “Uma das primeiras medidas é não diminuir o consumo de água, já que a tendência é sentir menos sede”, afirma a nutricionista da Clínica ADS, Marília Almeida. Segundo ela, a mucosa das vias aéreas precisa estar hidratada, o que pode ser feito também com chás. “Acrescentar uma rodelinha de limão ou laranja ajuda no sabor e na ingestão de vitamina C”, indica.
            A ingestão de vitamina C, por sinal, é imprescindível nesta época do ano. Consumir frutas cítricas como laranja, goiaba, kiwi, acerola, tangerina e abacaxi são ótimas opções. As saladas, recomendadas em qualquer época do ano, também não podem ficar de fora da alimentação e podem ser consumidas em sua forma crua, mas também refogada, com azeite de oliva ou óleo de coco, ou melhor ainda, cozidas no vapor (em um cuscuzeiro, por exemplo).
O consumo de folhosos verde-escuros é vital devido à presença do ácido fólico, vitamina A e vitaminas do complexo B, nutrientes que ajudam na maturação de células de defesa. A ingestão de vegetais e leguminosas manterá a alimentação rica em fibra e nutrientes importantes como ferro, zinco, vitamina C e vitamina A, que fortalecem o sistema imunológico.
            Outros alimentos que colaboram com a defesa do corpo são as oleaginosas (castanhas, nozes, macadâmia, amêndoas, avelã e pistache), ricas em selênio e vitamina E, nutrientes essenciais para combater os radicais livres e turbinar o sistema imunológico. “Não podemos esquecer de outros alimentos-chave neste processo, como alho, cebola, levedura, gengibre e própolis, que têm potencial antibacteriano, antifúngico e anti-inflamatório, sendo conhecidos como antibióticos naturais”, alerta Marília Almeida.
Segundo a nutricionista, o intestino também faz parte deste processo. Por isso, é fundamental manter a flora intestinal saudável, com a presença dos probióticos e prebióticos presentes na banana verde, batata yacon, mel, aveia, chia, linhaça, entre outros. “As pessoas devem cuidar bem de sua alimentação durante todo o ano para tornar o organismo capaz de nos proteger especialmente durante esta estação”, conclui a nutricionista.

domingo, 30 de abril de 2017

Sua saúde e as Ervas Medicinais


Descobri por acaso em pesquisas na net, um blogsite, muito completo e bem fundamentado, com pesquisas sérias e responsáveis, de uma estudiosa e pesquisadora das plantas e seus efeitos na saúde,
chamada Cleusa, do Blogsite http://www.tiaxica.com/.

Pensei em transcrever aqui alguns artigos, mas para já recomendo a visita ao http://www.tiaxica.com/.

Os leitores irão se maravilhar com a riqueza e seriedade de informações...

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Dia Mundial de Luta contra o Câncer (8 de abril)

Hábitos de vida saudáveis e exames de rastreamento ajudam na prevenção da doença

Em meio à celebração do Dia Mundial de Luta contra o Câncer (8 de abril), o Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais alerta seus beneficiários sobre os exames que previnem ou detectam a doença em estágio precoce, aumentando as chances de cura. O incentivo à adoção de hábitos saudáveis de vida e aos cuidados com a saúde para prevenção da doença justifica-se pela estatística do Instituto Nacional do Câncer (INCA) que estima, para o biênio 2016-2017, o registro de 600 mil novos casos de câncer no Brasil. O tumor mais comum no homem é o de próstata e na mulher é o de mama.

Entre os exames de rastreamento do câncer comumente prescritos pelos médicos de diversas especialidades destacam-se o preventivo de colo uterino, anualmente, para mulheres a partir do início da atividade sexual; mamografia, uma vez por ano, para mulheres acima dos 40 anos; colonoscopia, para homens e mulheres acima dos 50 anos; PSA e toque retal, para homens acima dos 50 anos ou acima de 40 anos, se apresentar fatores de risco e Tomografia Computadorizada do Tórax, para pacientes com histórico prolongado de tabagismo.

Além de fazer os exames de rotina solicitados pelos médicos, é preciso melhorar hábitos alimentares, praticar atividades físicas regulares, abandonar vícios e reduzir o estresse. Mesmo tomando todas essas medidas para evitar a doença, ela pode surgir por uma pré-disposição genética. De acordo com a oncologista Loana Valença, quando há pessoas com câncer na família, é necessário identificar se foi um caso isolado ou se a doença tem caráter hereditário. “Se houver suspeita ou confirmação de doença hereditária, o rastreamento pode ser mais frequente que na população em geral”, sugere a oncologista.

Atualmente, o arsenal terapêutico contra o câncer é muito maior do que há 20 anos. Segundo a oncologista Geila Ribeiro Nuñes, os avanços vão desde a capacidade de prevenir a doença em famílias com alto risco genético, passando pela possibilidade de diagnósticos precoces e mais precisos, até o tratamento eficaz e menos invasivo. “Menos efeitos colaterais e mais qualidade de vida é o que buscamos para nossos pacientes oncológicos”, destaca.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Uso frequente de analgésicos pode transformar dor de cabeça simples em crônica


Além da automedicação, o abuso de álcool e consumo exagerado de cafeína podem piorar o problema

É quase impossível que alguém não tenha sofrido, ao menos uma vez na vida, com dores de cabeça. O que muitos não sabem é que a automedicação, tão comum em quem sente o sintoma, pode ser uma das causas da cronicidade da doença. De acordo com o neurologista Thiago Junqueira, é importante observar a periodicidade do sintoma. “Caso apareça por pelo menos 15 dias no mesmo mês, tendo continuidade por 90 dias ou mais, é preciso ficar atento à possibilidade de ser uma cefaleia crônica diária”, afirma.

Ainda de acordo com o especialista, a doença acomete principalmente as mulheres e pode ser desencadeada pelo uso abusivo de analgésicos, consumo exagerado de cafeína, bem como aparecer como sintoma da depressão, ansiedade, entre outros. O uso de bebidas alcoólicas também pode agravar as dores de cabeça.

Em geral, quatro doenças podem causar a cefaleia crônica diária: enxaqueca crônica, cefaleia tensional crônica, hemicrania contínua ou a cefaleia nova diária e persistente. Junqueira explica que a enxaqueca crônica é menos intensa do que a “comum”, porém não responde bem aos analgésicos, podendo, inclusive, piorar com o uso dos mesmos. Já a cefaleia tensional crônica aparece de forma constante, provocada por dores provenientes de tensão nos músculos da cabeça e da nuca. Juntamente com a enxaqueca, essas duas cefaleias representam as causas mais comuns de cefaleia crônica diária.

No caso da cefaleia nova diária e persistente, a característica principal é que ela surge já com alta frequência, não ocorrendo uma evolução gradual, como nas relatadas anteriormente. Com relação à hemicrania (metade do crânio), portanto, a dor ocorre apenas em uma parte do crânio e, geralmente, vem acompanhada de sintomas no mesmo lado como congestão nasal, vermelhidão ocular, queda palpebral, dentre outros. “Interessante que esta dor pode ser controlada com medicamentos como a indometacina, um anti-inflamatório de prescrição médica”, afirma o neurologista.

Por que tomar analgésico pode agravar a cefaleia crônica diária?

Mesmo nos dias atuais, com tantos recursos para eliminar os mais diversos tipos de dores, muitos pacientes com cefaleia crônica diária não procuram ajuda médica e, com isso, sofrem com as dores de cabeça, inclusive por tentar tratá-las de forma inadequada. “Com a facilidade de compra, o uso deliberado de analgésicos faz com que o portador da cefaleia crônica tenha uma significante perda de sua qualidade de vida. O uso de analgésicos, em mais de dois dias na semana, já seria capaz de tornar uma cefaleia ‘comum’ em crônica”, ressalta Thiago Junqueira.

Isso porque o organismo se acostuma rapidamente com o uso do medicamento analgésico, fazendo com que, com o tempo, perca seus próprios meios de regular a dor e, com isso, ela reapareça cada vez mais “resistente” e necessitando de mais medicação. É um ciclo viciante de dor.

Qual forma de tratamento?

A avaliação das dores de cabeça deve ser realizada preferencialmente por um neurologista especializado no assunto, que poderá indicar o tratamento correto, preventivo e eficaz contra esse mal. Especialistas nesta área podem ser encontrados no site da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Quando o paciente é diagnosticado com cefaleia crônica diária, uma das primeiras recomendações é parar de tomar os analgésicos, especialmente nos casos em que há abuso dessas medicações.

O especialista, então, receita um remédio próprio para tratar esse tipo de dor de cabeça, de acordo com o histórico de cada paciente. Essa medicação preventiva deve ser usada mesmo nos dias sem dor, e irá aliviar as crises e sua frequência. “O tratamento preventivo deve ser seguido diariamente, por certo período, independentemente da presença ou não da dor, justamente para evitar que ela apareça”, esclarece.

“Alternativas como acupuntura, prática de exercícios físicos, melhora nos hábitos alimentares e do padrão de sono a fim de promover a qualidade de vida, também ajudam a combater esse mal. Paralelamente, um diário onde se possa anotar e acompanhar não somente as crises de dor, mas o uso de analgésicos será de grande ajuda”, conclui o especialista.

sábado, 12 de novembro de 2016

Dia Mundial do Diabetes

Cegueira é umas das principais complicações ocasionadas pelas altas taxas de açúcar no sangue

Retinopatia Diabética, arteriosclerose, nefropatia diabética, infarto do miocárdio, hipertensão e cegueira são complicações que podem ocorrer devido a elevadas taxas glicêmicas. Enfatizar o cuidado com a prevenção e com o tratamento do paciente diabético é o objetivo do Dia Mundial do Diabetes, celebrado no dia 14 de novembro.

O diabetes ou diabetes mellitus é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina ou da insuficiência desse hormônio em desempenhar adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. As taxas glicêmicas são alteradas porque o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira apropriada.

A insulina promove a redução da glicemia, ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, na ausência desse hormônio, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

No Brasil existem aproximadamente 12 milhões de diabéticos e metade desses portadores correm o risco de desenvolver a retinopatia diabética que é um desdobramento do diabetes que afeta o globo ocular e pode provocar graves lesões e até mesmo a cegueira.

Portanto para prevenir essa doença devem ser adotadas algumas medidas como: praticar exercícios físicos regularmente, controlar o peso normal, aferir a pressão arterial, evitar o tabagismo, verificar a glicemia, controlar a dieta e pacientes com histórico familiar de diabetes devem redobrar esses cuidados.

O tratamento do diabetes deve ser rigoroso, realizando diariamente exame dos pés para evitar o aparecimento de lesões, equilibrando a alimentação, utilização dos medicamentos prescritos, praticando exercícios e mantendo um bom controle da glicemia, seguido corretamente as orientações médicas.


Algumas complicações do Diabetes

Retinopatia diabética
Lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos e, como consequência, a perda da acuidade visual.

Arteriosclerose

Endurecimento e espessamento da parede das artérias

Nefropatia diabética
Alterações nos vasos sanguíneos dos rins que fazem com que ocorra uma perda de proteína pela urina. O órgão pode reduzir a sua função lentamente, mas de forma progressiva até a sua paralisação total.

Neuropatia diabética

Os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas, como formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos, dores locais e desequilíbrio, enfraquecimento muscular, traumatismo dos pelos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência.

Infarto do miocárdio e AVC

Ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, a atividade física e os medicamentos que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e a suspensão do tabagismo são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência desse problema é de duas a quatro vezes maiores em pessoas com diabetes.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Previna a Osteoporose


Alimentação rica em cálcio, exercícios físicos e exposição ao sol são as melhores formas de prevenir a osteoporose. O alerta do Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais é uma forma de apoiar o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, celebrado no dia 20 de outubro. “Temos aproveitado datas relevantes como esta para lembrar os nossos beneficiários e a população em geral sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis de vida, com foco na prevenção”, afirmou a Coordenadora Geral do plano, Cristina Cardoso.


A recomendação da Organização Mundial da Saúde e da Fundação Internacional de Osteoporose é de que haja um consumo de 1g (1000mg) de cálcio por dia. Os valores variam para crianças e gestantes: 500mg entre 1 e 3 anos, 800mg entre 4 e 8 anos, 1300mg entre os 9 e 18 anos e 1200mg para grávidas. A principal fonte de cálcio são os alimentos lácteos: leite e seus derivados. A prevenção deve começar na gestação e desde os primeiros dias de vida do bebê sob supervisão do médico pediatra, para formação de boa reserva óssea.


Em relação aos exercícios físicos, os de cadeia fechada, que trabalham diversos grupos musculares e são mais seguros para as articulações, são recomendados como forma de prevenir a doença. Aqueles que estimulam a contração muscular e a regeneração óssea, como agachamentos, corrida, vôlei, handball e basquete, são boas opções. Em pessoas idosas, a fisioterapia ajuda no controle do corpo e no equilíbrio, através de exercícios de agilidade. O pilates e a musculação também são recomendados, sempre com a supervisão de um educador físico.


A exposição aos raios ultravioletas do tipo B (UVB) na medida certa, por sua vez, ativa o funcionamento da vitamina D, que facilita a absorção do cálcio pelo organismo. Portanto, “a exposição solar é fundamental para a prevenção da osteoporose. Existe uma variação consensual em relação ao tempo de exposição ao sol, mas uma média de 15 a 20 minutos por dia, de forma regular, é suficiente”, afirma o ortopedista João Augusto Cunha Junior (CRM 22739). Estudos demonstram que um grande percentual da população apresenta índices deficientes de Vitamina D.


Sobre a doença - Segundo a Organização Mundial da Saúde, a osteoporose, que significa “osso poroso”, atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens no mundo. A doença progressiva de perda de massa óssea se desenvolve de forma imperceptível, sem sintomas ou dor, podendo evoluir durante muitos anos sem qualquer sintoma até a ocorrência de uma fratura, que geralmente ocorre no pulso, na coluna, no quadril, nas costelas, na pelve ou no fêmur, que é o ponto mais grave.


Diversos fatores podem levar a uma fragilização dos tecidos dos ossos, tais como baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D, fumo, consumo excessivo de bebida alcóolica, vida sedentária e histórico familiar. A osteoporose é mais comum entre as mulheres devido à diminuição da produção do hormônio estrógeno depois de certa idade. Mas não é apenas na terceira idade que é preciso estar atento. Segundo João Augusto Cunha, que atende beneficiários do Planserv no Hospital Evangélico da Bahia e no COT, em Salvador, se não ocorrerem fraturas, a suspeita da doença geralmente surge a partir dos resultados de exames de rotina de sangue e urina, que apontam alterações nos níveis de cálcio e vitamina D. O diagnóstico é confirmado pelo exame de densitometria óssea.


O tratamento da osteoporose inclui o uso de analgésicos para controle das dores e, nos casos mais graves, uma cirurgia pode ser indicada. Algumas mulheres pós menopausadas passam pela terapia de reposição hormonal com estrógeno, que reduz o risco de fraturas. Além disso, a reposição de cálcio e vitamina D por meio de suplementação faz parte do regime terapêutico para a osteoporose, “mas sempre é bom lembrar que toda e qualquer medicação deve ser prescrita por um médico”, destaca João Augusto Cunha Junior. A reversão da osteoporose não é possível. “Portanto, o que de melhor podemos fazer é incentivar a prevenção”, conclui o médico.