Pacientes em tratamento oncológico podem apresentar graves complicações odontológicas decorrentes de radio ou quimioterapia
Como explica a cirurgiã-dentista Safira Andrade, entre os principais efeitos causados pelo tratamento oncológico, estão as disfunções nas glândulas salivares (xerostomia), infecções oportunistas (principalmente fúngicas- C Albicans) e mucosites (inflamação intensa da mucosa oral e orofaringe). E os sintomas mais frequentes são: dores, sensação de queimação, dificuldade para se alimentar, perda de paladar, entre outros. Diversas complicações como cáries, doenças periodontais e infecções bucais, também podem fazer parte do quadro clínico. Esses problemas podem levar a complicação em outras partes do organismo, ou até mesmo a interrupção do tratamento.
Alguns esquemas de quimioterapia levam a uma imunossupressão severa, tornando o paciente mais susceptível a infecções, por isto, “ se as condições gerais da boca não estiverem satisfatórias, ela pode agir como porta de entrada para micro-organismos patogênicos, causando problemas sistêmicos graves para o paciente.
Segundo a Cirurgiã-Dentista, Safira Andrade, o cuidado com a saúde bucal é indispensável, principalmente nesta fase “Os pacientes mais atenciosos com sua condição bucal e acompanhados por um dentista apresentam menos efeitos colaterais”.
Como iniciar o tratamento odontológico em pacientes com câncer
Os pacientes oncológicos devem ser submetidos à avaliação odontológica previamente, de preferência no início da radioterapia ou quimioterapia. Dessa maneira, os focos infecciosos, tais como doença periodontal, abscessos, raízes residuais, traumas, abcessos, ente outros, podem ser detectados e controlados com antecedência, já que estas condições determinam o percurso do tratamento. Durante a terapêutica são realizadas intervenções clínicas com a intenção de minimizar os efeitos colaterais agudos da quimioterapia e ou radioterapia, melhorando a qualidade de vida do paciente.
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