quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Cuidado com o beijo no Carnaval

Transmissão de doenças pode aumentar no carnaval
Dentre as principais está a mononucleose infecciosa, conhecida como doença do beijo

Considerada a maior festa popular do país, o carnaval é um momento de descontração, tido por muitos como uma época para extravagâncias e excessos. Estar preparado para a maratona exige cuidados e muita atenção com a saúde, principalmente para evitar a transmissão de doenças, que em alguns casos aumenta neste período.

A infectologista do Hospital VITA Marta Fragoso afirma que a prevenção é a melhor maneira para ter um carnaval tranquilo. "O ideal é estar com as vacinas em dia, inclusive a antitetânica, pois a circulação de muitas pessoas no mesmo espaço é grande e pode facilitar a transmissão de doenças ou acidentes com objetos perfurocortantes, como latas e vidros", alerta. Para quem vai viajar, o ideal é conhecer as doenças endêmicas na região e providenciar a vacinação necessária.

Proteger-se nas relações sexuais também é essencial. "São várias as DSTs (Aids, hepatites, herpes, sífilis, gonorreia), além da gravidez indesejada. Portanto, sexo somente com proteção", indica a médica, que pede atenção também à mononucleose infecciosa, ou "doença do beijo", uma das que mais acomete os foliões.

A "doença do beijo" tem foco em homens e mulheres de 15 a 25 anos que, muitas vezes, nem sabem que estão contaminados. "Os sintomas são semelhantes aos da gripe, mas a mononucleose pode ser diferenciada pelo aumento significativo dos gânglios e do baço, já que o vírus tende a aumentar os gânglios e o baço", diz Marta. Estima-se que 80% dos adultos já estiveram em contato com o vírus.

Alimentação e bebidas - Para garantir a energia nos dias de festa não se pode deixar de lado a boa alimentação. "Prefira alimentos leves, de fácil digestão, mas não se esqueça dos carboidratos, fonte de energia", afirma a nutricionista do Hospital VITA Curitiba, Graziele Pasetti. Outra recomendação é abusar das frutas, verduras e legumes, alimentos que possuem baixo valor calórico e repõem os principais nutrientes perdidos no suor. E cuidado com a procedência dos alimentos. "Evite os produzidos sem condições favoráveis de higiene. Uma gastroenterite ou diarreia podem acabar com a festa", avisa a infectologista Marta Fragoso.

Na hora de hidratar, a água é a melhor opção, mas não a única. "Pode ser água, água de coco, suco de frutas ou isotônicos. O importante é se manter hidratado", diz Graziele. Para aqueles que gostam de cerveja ou outras bebidas alcoólicas, a dica é intercalar a água entre a bebida para evitar a famosa ressaca. "Uma das consequências do álcool é a desidratação, pois ele tem efeito diurético e assim surgem os sintomas da ressaca: dor de cabeça, náuseas, vômitos, mal-estar intenso", complementa Marta.

Outras recomendações
Roupas e calçados - Outra ocorrência frequente durante o carnaval são as fraturas ortopédicas e as lesões musculares, causadas devido ao uso de calçados inadequados ou excesso de atividade física sem preparo físico prévio. Para isso, é fundamental o uso de calçados adequados, de preferência tênis, ou qualquer outro que ofereça amortecimento. Atenção também com as roupas, prefira as confortáveis e leves devido às altas temperaturas.

Crianças - Cuidado com a segurança e a saúde de crianças. Se possível, anote os dados do responsável e prenda no punho da criança. E não se esqueça de hidratá-las constantemente, já que elas têm mais facilidade de desidratação.

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