domingo, 30 de junho de 2013

Mulheres não são mais propícias a desenvolver um câncer

Oncologista Patrícia Borrione explica que as mulheres não são mais propícias a desenvolver um câncer
Ao contrário do que muitas pessoas pensam as mulheres não são mais propícias a desenvolver um câncer e a doença não é contagiosa. Todos os indivíduos estão sob o risco de desenvolver a doença, desde as crianças aos idosos, homens ou mulheres, independente da raça. Apenas 10% dos cânceres são hereditários e até 50% dos cânceres podem ser prevenidos. Segundo a oncologista Dra. Patrícia Borrione, “o que ocorre é que alguns tipos de câncer são exclusivos das mulheres, como o câncer de colo uterino, trompas, vulvas e ovários. Alguns são mais comuns em mulheres, como o câncer de mama, mas 1% dos homens podem desenvolver a doença”, explica.
Dieta rica em frutas e fibras, prática regular de exercícios físicos, não fumar e não ingerir bebidas alcóolicas são recomendações da Organização Mundial de Saúde para a prevenção de câncer, especialmente o câncer de intestino e câncer de mama. “A maioria dos tumores, se detectados em estágios iniciais, são passíveis de cura. Alguns tipos de câncer, mesmo em estágio avançado, como o câncer de testículo, o de canal anal e os linfomas, têm grandes chances de cura. E alguns tumores mesmo em estágios precoces, como câncer de pâncreas e tumores de alto grau do sistema nervoso central, têm prognóstico desfavorável”, alerta Patrícia Borrione.
O câncer é uma doença decorrente do surgimento de uma célula atípica em um dado órgão do organismo humano, imune ao sistema de defesa, que apresenta a capacidade de crescimento e multiplicação desordenada. O tumor maligno tem a capacidade de promover metástases, ou seja, disseminar para outros órgãos.
Muitos dos fatores de riscos ou causas para o desenvolvimento de um câncer são desconhecidos. A Dra. Patrícia Borrione explica que na grande maioria dos casos, o desenvolvimento de um câncer depende da exposição a um ou mais fatores de risco, aliado à predisposição genética. “Algumas associações são fáceis de entender como é o caso do tabagismo e o câncer de pulmão. Nem todo fumante terá câncer de pulmão ou vice e versa. A explicação é que a exposição a fatores de risco de forma isolado não é o único evento necessário”, comenta a médica.
Os pilares do tratamento oncológico do câncer envolvem a cirurgia, a quimioterapia, a hormonioterapia e a radioterapia. Nem todo câncer tem indicação de cirurgia, como é o caso de leucemias e linfomas, ou de quimioterapia ou radioterapia ou hormonioterapia. “A quimioterapia clássica age em células de divisão rápida, promovendo dano à estrutura do DNA durante a sua duplicação, induzindo, por fim, a morte celular. Age tanto em células saudáveis como cancerígenas. Os efeitos colaterais de quimioterapia como queda do cabelo e da defesa imunológica deve-se a ação nas células saudáveis”, explica a oncologista.
Ainda sobre o tratamento do câncer, a Dra Patrícia Borrione comenta que, nos últimos anos, vem surgindo medicamentos mais direcionados e exclusivos para uma fase específica do ciclo celular com o intuito de minimizar os impactos do tratamento oncológico.

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